Diabetes insipidus – Causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Diabetes insipidus - Causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Diabetes insipidus é uma condição rara que afeta a capacidade dos rins de conservar água, levando a uma produção excessiva de urina diluída e a uma sede intensa. Não deve ser confundido com diabetes mellitus (tipos 1 e 2), que afeta o metabolismo do açúcar no sangue. Vamos explorar os tipos, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento do diabetes insipidus.

Diabetes insipidus – Causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Tipos de Diabetes Insipidus

Diabetes Insipidus Central (Neurogênico)

Causa: Deficiência de hormônio antidiurético (ADH), também chamado de vasopressina, que é produzido no hipotálamo e armazenado na glândula pituitária.

Razões: Lesões na cabeça, cirurgias, infecções, tumores ou doenças autoimunes que afetam o hipotálamo ou a glândula pituitária.

Diabetes Insipidus Nefrogênico

Causa: Falha dos rins em responder ao ADH.

Razões: Doenças renais crônicas, mutações genéticas, certos medicamentos (como lítio), níveis elevados de cálcio (hipercalcemia) ou baixos níveis de potássio (hipocalemia).

Diabetes Insipidus Dipsogênico (Primário Polidipsia)

Causa: Sede excessiva causada por um defeito no mecanismo de sede do hipotálamo, levando à ingestão excessiva de líquidos e supressão do ADH.

Razões: Lesões, cirurgias, ou condições psicogênicas como a polidipsia psicogênica.

Diabetes Insipidus Gestacional

Causa: Enzimas produzidas pela placenta que degradam o ADH.

Razões: Ocorre durante a gravidez e geralmente se resolve após o parto.

Sintomas

Os principais sintomas incluem:

Poliúria: Produção excessiva de urina, até 20 litros por dia.

Polidipsia: Sede intensa e consumo de grandes volumes de líquidos.

Desidratação: Se a ingestão de líquidos não compensar a perda de água, pode ocorrer desidratação.

Noctúria: Necessidade de urinar frequentemente durante a noite.

Fadiga: Devido à desidratação e necessidade frequente de urinar.

Diagnóstico

O diagnóstico de diabetes insipidus envolve:

Histórico Médico e Exame Físico

Avaliação dos sintomas e do histórico de saúde do paciente.

Teste de Privação de Água

Monitoramento da quantidade de urina produzida e concentração de solutos no sangue e na urina após a privação de água.

Análises de Sangue e Urina

Medição dos níveis de sódio e outros eletrólitos no sangue.

Avaliação da osmolaridade do sangue e da urina.

Teste de Desmopressina

Administração de desmopressina (um análogo sintético do ADH) para determinar se a causa é central ou nefrogênica.

Tratamento

O tratamento varia conforme o tipo de diabetes insipidus:

Diabetes Insipidus Central

Desmopressina (DDAVP): Um análogo sintético do ADH, administrado por via nasal, oral ou injetável.

Diabetes Insipidus Nefrogênico

Ajustes Dietéticos: Redução da ingestão de sal e proteína para diminuir a carga sobre os rins.

Medicamentos: Diuréticos tiazídicos (como hidroclorotiazida) podem ajudar a reduzir a produção de urina. Outros medicamentos incluem indometacina.

Diabetes Insipidus Dipsogênico

Tratamento Comportamental: Técnicas para controlar a ingestão excessiva de líquidos.

Acompanhamento Psicológico: Em casos de polidipsia psicogênica.

Diabetes Insipidus Gestacional

Desmopressina: Pode ser utilizada de forma segura durante a gravidez para controlar os sintomas.

Considerações Finais

Diabetes insipidus é uma condição gerenciável, mas requer diagnóstico preciso e tratamento adequado para prevenir complicações como desidratação severa. Se você ou alguém que conhece apresentar sintomas de diabetes insipidus, é crucial procurar um profissional de saúde para uma avaliação completa e orientação adequada.

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