O dia 29 de setembro ficará marcado como um dia inédito, pois foi marcado por um protesto de grandes proporções contra um candidato a presidência da república antes mesmo do primeiro turno. Trata-se do movimento de mulheres criado pela internet chamado #EleNão, concebido para mostrar desagrado à candidatura do deputado federal pelo Rio de Janeiro Jair Bolsonaro, que é bastante polêmico e tem como plano de governo a permissão para que civis andem armados, um enrijecimento das leis e uma plataforma de combate a corrupção, a opinião explícita de professores em sala de aula e uma defesa da família cristã, sobretudo a evangélica, com o combate a disseminação da homossexualidade para crianças e diversidade de gênero.
O movimento reuniu pessoas no Brasil, tanto em todas as capitais como no DF, assim como em 66 outros países. Um total de 160 cidades ao redor do planeta acabaram aderindo ao dia de manifestações. Esse movimento não é alinhado a nenhum partido e tem origem no início de setembro através do grupo do Facebook “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, uma convocatória “contra o avanço e o fortalecimento do machismo, misoginia, racismo, homofobia e outros tipos de preconceitos”. O grupo reúne atualmente mais do que 3,8 milhões de pessoas.
Artistas brasileiras como Daniela Mercury, Luisa Arraes, Fernanda Nobre, Mariana Lima, e homens como Pedro Cardoso e Alexandre Herchcovitch, participaram do movimento, demonstrando que seja qual for a decisão do povo nas urnas, haverão insatisfeitos, e as atitudes dos perdedores vai definir se o Brasil tem ou não chance de sair dessa crise.
Os protestos foram tão intensos que até artistas internacionais aderiram ao #EleNão, como Ellen Page, Dan Reynolds, Alfonso Herrera, Stephen Fry, Lauren Jauregui, Dua Lipa, Nicole Scherzinger,Kehlani, Madeline Brewer, Madonna e a banda americana Black Eyed Peas entre outros. Isso significa que o Brasil é muito relevante para o mundo, mas a decisão, que deve ser em relação ao melhor projeto para o país, é apenas de nós brasileiros, que devemos votar conscientemente em 7 de outubro.